Adiada a Votação de Cotas na UFRGS

O Conselho Universitário (CONSUN) da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) adiou a votação do
projeto de Cotas Raciais e Sociais para o dia 29 de junho. Estava
previsto para ser votada a possibilidade
de implementação de cotas no centro acadêmico
através da proposta da Comissão Especial de
Implementação de Ações Afirmativas, no
dia 15 de junho, porém alguns
membros do conselho que são contra as
cotas pressionaram o adiamento da decisão.

Neste período está
sendo feita uma analise profunda do projeto pelos integrantes
da comunidade universitária que poderão sugerir
alterações na proposta inicial. Representantes do Grupo
de Trabalho (GT de Cotas) e estudantes fazem
reuniões para elaborar estratégias de aprovação
da medida. É um momento importante na tomada de consciência
da realidade educacional no país.

Parte dos estudantes acompanharam a sessão,
enquanto os demais ficaram concentrados do lado de fora da sala
reivindicando os seus direitos, com gritos de ordem "é hora
do negro entrar, hora do índio entrar, não queremos
favor, é direito à educação", cantos
negros ao som dos tambores e rimas feitas na hora. O segundo andar do
prédio da Reitoria virou o palco de manifestações,
onde também se encontrava
alunos do movimento contra as cotas no local. O tempo todo
representantes do GT passaram
informações de como estava o processo de votação
para os que aguardavam por um resultado positivo, a favor das cotas.

Estudantes indignados ao saber que a votação
seria adiada, tentaram ocupar a Sala dos
Conselhos, as portas foram trancadas e os integrantes da CONSUN não
puderam sair por quase uma hora do local. Ao sair tiveram que
passar por um corredor feito pelos
manifestantes que gritavam, "contra as cotas raciais, só
racistas".

A proposta de Cotas Raciais e Sociais será
apreciada novamente no dia 29 de junho
com o objetivo de ampliar o número de estudantes negros e o
egresso de estudantes de escolas públicas no ensino superior.
E será com a mesma garra e força que membros da
comunidade escolar, Organizações do Movimento Negro e
Entidades Religiosas se farão presente para dar aquele axé
e abrir os caminhos dessa nova população que integrará
a Universidade.

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